Não demorou muito e mais um secretário (o de Administração) do novo prefeito pediu o boné. Trata-se do advogado João Eider Furtado, que até três dias atrás era o dono da giroflex da secretaria de Administração do município. Em que pese o ritual comum e justificativa oficial quase que clichê em 99% dos casos de exoneração de secretários de se alegar questões pessoais, é nítido que no caso de João Eider outros aspectos catalisaram esse pedido de demissão do próprio secretário e a senha para decifrar este enigma está no próprio diário oficial (JOM) que versou sobre a retirada de gratificação de insalubridade na pandemia aos milhares de funcionários da secretaria municipal de saúde enquanto praticamente todas as prefeituras do estado estão renovando o período e cessão dessa gratificação.
A
retirada pra lá de desgastante deste justo benefício no momento que os números
da pandemia voltam a subir no estado e a galopar em outros países com a
alegação do fim da ajuda financeira do governo federal indica duas coisas: 1 -
deverá – logo, logo – começar mais dificuldades para executar pagamentos de
prestadores de serviço e direitos a servidores como gratificações, PMAQ’s,
previdência e serviços na área da saúde e demais áreas. 2- o desgaste pessoal
que sofreu o secretário que com certeza possuía muitos conhecidos e amigos que
estavam em pleno gozo desse direito e devem ter revelado sua revolta e
insatisfação por medida tão inesperada, o que gerou um grande estresse e
aborrecimento ao ex-secretário que apenas estava cumprindo ordem superior,
leia-se ordem de Allysson.
Então
muito provavelmente de um dia de pleno estresse e cobrança por uma medida que
veio de cima pra baixo, além de conhecer os números e saber que provavelmente
virão outras medidas impopulares de agora em diante com o fim da ajuda federal,
o advogado João Eider muito provavelmente
optou por não ser o receptor da pressão de decisão de terceiros e
resolver voltar a se dedicar a sua vida e advocacia, resultado em horas depois
do polêmico anúncio já circulava na rádio peão da cidade que o secretário havia
entregado o cargo.
Sobre
a praxe de se apegar questões pessoais, essa é uma tônica na administração
pública, não se admire se em 99% das exonerações que houver em secretarias em
Mossoró, em outras cidades e até em outras esferas houver essa ‘justificativa
oficial’.
Há
quem garanta que em Mossoró também é bastante provável surgir em off as razões
de falta de autonomia e também a discordância de lidar com afobação e
destempero de superior(és).
Em
alguns meses já pularam fora o secretário de ação social que sequer chegou a
assumir oficialmente o cargo e ficou menos de 60 dias, o secretário de
comunicação, um brilhante jornalista que foi substituído por Bruno, um jovem
rapaz de vinte e poucos anos sem nenhuma formação acadêmica na área de comunicação e que chefiava e ainda chefia a militância virtual e grupos de WhatsApp dos que são
destacados para fazer defesa em instagram e Facebook pró-Allysson até no caso da visita ginecológica do staff
da prefeitura e também de ataque a adversários e quanto mais chulo e infantil o
ataque/calúnia/ difamação.
Mais:
o integrante dessa claque virtual é enaltecido pelos chefes que até o momento
avaliam esta com uma forma de intimidar qualquer notícia jornalística que
mostre problemas na cidade e manche a administração ‘deserto de ideias’ do
prefeito Bezerra.
Sem
projeto algum de futuro e de desenvolvimento para a cidade, Allysson tem se
contentado em tentar pegar situações corriqueiras do serviço público e tentar
embalá-las com propaganda como feitos raros, como coleta de lixo com a mesma
empresa que fazia a coleta da gestão Rosalba, apelidando esse serviço comum de
“projeto cidade limpa” e até uma mera cirurgia ginecológica adiada pela
pandemia através do decreto da governadora, uma única cirurgia e não milhares
como ocorrera na última administração Ciarlini, tentou ser alardeada com grande
oportunismo, apesar que não pegou bem.
No
deserto de ideias, além de apostar as fichas em gastar os recursos do Finisa
heroicamente conseguidos por sua antecessora, entrou como prioridade duas
expulsões: a de uma indústria cerâmica que voltou a empregar muita gente e
também a expulsão e deslocamento da estátua do ex-industrial do gesso e
ex-governador Dix-Sept em razão dele ter sido o pai do marido de Rosalba
Ciarlini.
E
assim segue a situação interna e externa da administração que em discurso
chegava a desdenhar da transformação que as administrações de Rosalba trouxeram
para Mossoro e prometia fazer uma revolução e uma grande transformação que
faria Mossoro em seis meses ou um ano passar Fortaleza e Natal em termos de
desenvolvimento (economizar em promessas não combina com Bezerra) e até já se
lançou candidato a governador do Rio Grande do Norte para quando terminar sua
passagem pela prefeitura em evento da juventude do partido político
Solidariedade (SDD). Pelo andar da carruagem novas e fortes emoções virão pela
frente…
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