O ex-prefeito natalense Carlos Eduardo Alves (PDT) vai ter que expor bons argumentos para que o eleitor possa assimilar a ideia de que ele está na mesma chapa da governadora Fátima Bezerra (PT). No mínimo o pedetista vai dizer que fez uso de um milagroso colírio que o fez enxergar a competência administrativa de Fátima, algo que ele condenou nas eleições de 2018, quando disputou o Governo do Estado contra a petista.
A
leitura que se faz é que Carlos Eduardo foi aceito pelo PT pelo fato de que o
partido não quer apostar e precisa do apoio dele junto ao eleitorado da
capital, onde Fátima Bezerra deixa a desejar, politicamente falando. Tirando
esse aspecto, não existiria nada de benéfico para ele.
E
é bom que se diga que a governadora Fátima Bezerra foi extremamente habilidosa
ao aceitar a presença de um segundo Alves na chapa majoritária (o primeiro é o
deputado federal Walter Alves, que será o candidato a vice-governador dela).
Ele
era o único que ameaçava diretamente a reeleição dela. Tem quem diga, até, que
Carlos Eduardo deixou o cavalo passar selado. Isso pelo fato do Governo Fátima não
ter ido tão em quanto se esperava.
Agora,
com o nome praticamente aceito pelo PT, Carlos Eduardo terá que se desdobrar
para explicar mudança repentina de opinião em menos de quatro anos. O que será
que ele vai dizer para passar para o eleitor que Fátima Bezerra é o melhor nome
agora? Além disso, como explicar que na eleição de 2018 ele estava apoiando o
então candidato Jair Bolsonaro, que vai tentar a reeleição este ano e tem como
principal adversário o ex-presidente Lula, do PT?
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