terça-feira, 20 de junho de 2023

Câmara aprova projeto que retira direitos de servidores de Mossoró

A bancada governista na câmara Municipal de Mossoró aprovou a retirada de direitos dos servidores públicos. Por 14 votos contra oito, os vereadores liderados pelo prefeito Allysson Bezerra fizeram valer o que já era esperado e concretizaram o que o prefeito queria. O reflexo desse resultado de hoje será sentido diretamente pelo cidadão, uma vez que os sindicatos haviam definido por greve geral a partir da segunda-feira, 26/06.

O clima de tensão se fez presente na Câmara Municipal logo cedo. E cedo também foi propagada a informação de que servidores terceirizados e comissionados haviam sido escalados pelo Executivo para minimizar as vozes contrárias ao projeto. Se houve essa interferência, no mínimo cabe questionamento jurídico, pois fica claro o uso da máquina administrativa do desvio de finalidade desses servidores. Fica evidenciado, também, que algum setor foi prejudicado.

A oposição tem tudo para, a partir da aprovação desse projeto, colocar o prefeito contra a parede. Isso juridicamente falando. Questionar, por exemplo, quem está pagando o impulsionamento do perfil pessoal de Allyson Bezerra no Instagram. Foi, sinal, por meio das suas redes sociais que o prefeito propagou o seu desejo. E, com isso, misturou o público com o privado, caracterizando, também, uma mistura que não é salutar. Algo que, sem dúvida, merece explicação.

A aprovação do projeto também mostra em quais vereadores os servidores públicos municipais podem contar. Saliente-se que esse período de debate coletivo sobre o PL 17 foi suficiente para mostrar que o prefeito allysson Bezerra não está bem na fita, como ele deixa entender. E chegou-se a pensar que, diante da repercussão negativa, ele não estaria pensando em tentar a reeleição, já que sua administração tem sido vazia e muda de vertentes, tão quanto a opinião dele diante de determinadas circunstâncias.

Veja os direitos subtraídos pelo prefeito:


Anuênios para servidores novatos de categorias com planos de carreiras;

Redução do tempo de licença médica sem necessidade de passar por junta médica de 15 para três dias;

Redução de 90 para 60 dias a licença para cuidar de familiares enfermos;

Redução de carga horária para pais de crianças com deficiência e/ou autistas menor que o estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Veja abaixo quem votou contra o servidor:

- Genilson Alves (Pros)

- Raério Cabeça (PSD)

- Francisco Carlos (Avante)

- Lucas das Malhas (MDB)

- Costinha (MDB)

- Didi de Arnor (Republicanos)

- Wignis do Gás (Podemos)

- Toni Cabelos (PP)

- Ricardo de Dodoca (PP)

- Marrom Lanche (DC)

- Zé Peixeiro (PMB)

- Gideon Ismaias (Cidadania)

- Edson Carlos (Cidadania)

- Marckuty da Maísa (Solidariedade)

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