A bancada governista na câmara Municipal de Mossoró aprovou a retirada de direitos dos servidores públicos. Por 14 votos contra oito, os vereadores liderados pelo prefeito Allysson Bezerra fizeram valer o que já era esperado e concretizaram o que o prefeito queria. O reflexo desse resultado de hoje será sentido diretamente pelo cidadão, uma vez que os sindicatos haviam definido por greve geral a partir da segunda-feira, 26/06.
O clima de tensão se fez presente na Câmara Municipal logo cedo. E cedo também foi propagada a informação de que servidores terceirizados e comissionados haviam sido escalados pelo Executivo para minimizar as vozes contrárias ao projeto. Se houve essa interferência, no mínimo cabe questionamento jurídico, pois fica claro o uso da máquina administrativa do desvio de finalidade desses servidores. Fica evidenciado, também, que algum setor foi prejudicado.
A oposição tem tudo para, a partir da aprovação desse projeto, colocar o prefeito contra a parede. Isso juridicamente falando. Questionar, por exemplo, quem está pagando o impulsionamento do perfil pessoal de Allyson Bezerra no Instagram. Foi, sinal, por meio das suas redes sociais que o prefeito propagou o seu desejo. E, com isso, misturou o público com o privado, caracterizando, também, uma mistura que não é salutar. Algo que, sem dúvida, merece explicação.
A aprovação do projeto também mostra em quais vereadores os servidores públicos municipais podem contar. Saliente-se que esse período de debate coletivo sobre o PL 17 foi suficiente para mostrar que o prefeito allysson Bezerra não está bem na fita, como ele deixa entender. E chegou-se a pensar que, diante da repercussão negativa, ele não estaria pensando em tentar a reeleição, já que sua administração tem sido vazia e muda de vertentes, tão quanto a opinião dele diante de determinadas circunstâncias.
Veja os direitos subtraídos pelo prefeito:
Anuênios para servidores novatos de categorias com planos de carreiras;
Redução do tempo de licença médica sem necessidade de passar por junta médica de 15 para três dias;
Redução de 90 para 60 dias a licença para cuidar de familiares enfermos;
Redução de carga horária para pais de crianças com deficiência e/ou autistas menor que o estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Veja abaixo quem votou contra o servidor:
- Genilson Alves (Pros)
- Raério Cabeça (PSD)
- Francisco Carlos (Avante)
- Lucas das Malhas (MDB)
- Costinha (MDB)
- Didi de Arnor (Republicanos)
- Wignis do Gás (Podemos)
- Toni Cabelos (PP)
- Ricardo de Dodoca (PP)
- Marrom Lanche (DC)
- Zé Peixeiro (PMB)
- Gideon Ismaias (Cidadania)
- Edson Carlos (Cidadania)
- Marckuty da Maísa (Solidariedade)
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