sexta-feira, 2 de junho de 2023

Educação de Mossoró segue 'chocha, capenga, frágil e inconsistente'


Para que o leitor possa ter ideia da situação: aprende-se na Universidade que a Educação deve ser inclusiva e que existem métodos que possam garantir esse direcionamento, bem como diversas teorias possam fundamentá-los.

Professores e professoras dos cursos de licenciatura são unânimes em afirmarem que é necessário e pertinente a inserção de crianças - principalmente as que estão em idade escolar - nas escolas.

Afinal, precisa-se cumprir todo um direcionamento para que o conhecimento de mundo seja transformado em científico (escola também é local para a produção científica, uma vez que os profissionais vão direcionando os discentes para a transformação da tese em antítese para que se chegue à síntese).

A prefeitura de Mossoró deixa de fazer a sua parte, contrariando tudo o que se ensina na Faculdade de Letras e Artes (FALA) - curso de Letras e suas respectivas habilitações, Faculdade de Educação (FE) - curso de Pedagogia, Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais - cursos de Filosofia, História, Geografia e Ciências Sociais (o curso de Jornalismo, embora seja da Fafic, é bacharelado e, portanto, fica fora das discussões envolvendo as licenciaturas).

Um exemplo de que a Prefeitura de Mossoró tem deixado a desejar na seara educacional diz respeito ao "puxão de orelha" recente que o Ministério Público deu na secretária de Educação, professora Hubeônia Alencar, doutora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e conhecedora, como poucos, do papel que a educação exerce na vida de crianças e jovens.

Ou seja: temos uma secretária que é ciente das teorias, da necessidade delas na chamada vida prática, mas que - ao que parece, se vê obrigada a deixar de lado aquilo que, supostamente, terá ensinado, um dia, aos seus alunos na Academia.

O que se quer dizer aqui se fundamenta, por exemplo, em uma Ação Civil Pública que versa sobre a exclusão de  crianças e adolescentes venezuelanos. Eles deveriam estar em sala de aula, sendo atendidos pelo Governo do Estado e Prefeitura de Mossoró. O Governo fez a sua parte, mas a Prefeitura vem protelando alguma ação desde 2020.

"Desde 2020 que existe a demanda da inclusão de crianças e adolescentes venezuelanos indígenas na rede pública de ensino do município. Inclusive, no início do ano de 2022, a questão foi judicializada pela Defensoria Pública do Estado. E até hoje o município não cumpriu sua obrigação", foi o que informou o Comitê Estadual Intersetorial de Atenção aos Refugiados, Apátridas e Migrantes do Rio Grande do Norte (CERAM).

Hoje as crianças que estão na escola foi por ação do Ceram e do Neabi/UERN junto ao governo do estado. Nunca houve mobilização da Prefeitura de Mossoró.

Por este motivo, além de vários (basta conversar com algum professor ou professora da rede municipal de ensino), que afirma-se que a Educação de Mossoró está "chocha, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente."


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