Ao observar alguns perfis de prefeitos e prefeitas do Rio Grande do Norte, a certeza que se tem é que a vida administrativa e passou a ser um mero espetáculo. Cria-se personagens e vive-se em prol destes como se não existisse nada a ser feito, a não ser dar vazão à famosa expressão "pão e circo".
Adereços, expressões corporais, coreografias e outros elementos cênicos são utilizados direto por quem deveria, a priori, se preocupar em administrar. Mas, como já foi dito, perde-se tempo em externar o que rende aplausos virtuais. A vida passou a ser virtual e não interessa mais a fome, miséria, esgoto, lixo... Todo tipo de mazela que possa existir na vida real não faz parte do virtual, do ideal. Pelo menos para quem está no comando de alguma cidade.
É como se todo cidadão e cidadã estivesse em uma partida de Minicraft, que é um jogo que projeta a criação e exploração de mundos por meio de blocos. Assim é a realidade contemporânea. Alguma cidade potiguar, com certeza, tem seu jogador mais contumaz e frequente. Basta visitar alguns perfis no Instagram, por exemplo. A realidade idealizada, a virtual, toma conta e impede a solução de algum problema real.
E percebe-se que tudo o que se projeta - ensaiado, repassado e devidamente dirigido, tem o claro propósito de alienar, cada vez mais, o cidadão que não possui o devido discernimento crítico para enxergar que aquela figura pública que se apresenta com algum adereço é, na verdade, um bufão que, obviamente, se caracteriza pelo exagero. Seja gestual ou não.
Um comentário:
E sem sombras de dúvidas alguma o mundo da espeteculizacao.
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