Allyson vai sentir o peso do 'compressor' que ele usou em 2020

Rosalba e Fafá podem estar unidas no ano que vem

Dias passados o blog publicou que a eleição de Mossoró, ano que vem, deveria ter fluxo externo. E não foi à toa. Todo mundo sabe que o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) quer disputar o Governo do Estado em 2026. Antes, contudo, ele terá que passar pelo crivo de 2024. Em outras palavras, o ano que vem poderá repetir algo que se viu em 2020, quando a então prefeita Rosalba Ciarlini (PP) tentou a reeleição sem sucesso. Naquele ano alguns "percalços" foram notados, como a estrutura do hoje senador e então ministro Rogério Marinho e do ex-governador, hoje deputado federal, Robinson Faria. Naquela época, entendeu-se que Rosalba deveria ser derrotada sob pena de tirar os dois do páreo, seja para o Senado ou à Câmara Federal. E Allyson tirou proveito, claro, dessa jogada.

Agora será a vez dele pagar com a mesmíssima moeda. O PT, MDB e PSDB estão de olho, também, nas eleições do ano que vem em Mossoró. O troco está vindo. O PT sabe perfeitamente que precisa estar em evidência para que o projeto da governadora Fátima Bezerra, ao Senado, possa se concretizar. E essa presença pode vir de uma aliança, talvez envolvendo o PP e MDB. E o MDB sabe, perfeitamente, que não pode perder espaços em Mossoró. Afinal, das terras de Santa Luzia pode sair o nome que vai disputar com o vice-governador Walter Alves, que deverá ser alçado à condição de governador em 2026 e buscará a reeleição.

Com relação ao PSDB, é natural que o hoje presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, sonhe com o Senado ou na composição de chapa com o MDB para o Governo do Estado. Nas duas opções ele precisa, obviamente, de resultado positivo nas urnas. Para tanto, vai precisar, assim como Fátima Bezerra e Walter Alves, que Allyson Bezerra seja retirado do caminho. Assim como no poema de Drumond, tem uma pedra no caminho. E ela tem nome: o prefeito de Mossoró.

Assim, de maneira que se possa compreender, as conversas nesse sentido já foram iniciadas. O PP tem na ex-prefeita e ex-governadora Rosalba Ciarlini seu nome mais viável para a disputa do ano que vem. O MDB sabe que precisa do espaço em Mossoró e vai querer cavar o espaço necessário para tal. A ex-prefeita Fafá Rosado é o nome de Walter Alves. Os dois já conversam. O PSDB, a priori, segue a linha mais "neutra" e tende a apoiar, direta ou indiretamente, o PP. 

E ainda tem o Avante, que quer o vereador Tony Fernandes em sua estrutura. Daí se tem um leque bom para as definições. Falta, tão somente, os líderes partidários decidirem. E até que o prazo das convenções partidárias chegue ao final, muita conversa vai acontecer.