quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

subsídio de prefeito passa a ser megalomaníaco e superior ao da governadora

Contrariando todos os discursos e todas as expectativas de negação econômica em Mossoró, e mesmo depois da inexistência de reajuste para professores - que têm direito com base em lei federal, a Câmara Municipal aprovou aumento de subsídio para prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores.

Como em Mossoró tudo tem que ser magnânimo, megalomaníaco, hiperbólico, estrondoso, estupefato e dispor de "o maior e melhor", o salário do prefeito passa a ser, em 2025, equiparado aos grandes centros, faltando pouco para ser igual ao do presidente da República, Para efeito de comparação, o presidente do Brasil tem salário em torno de R$ 41 mil, enquanto que o do governante municipal sai de 23.550,00 para 34.774,64.

Evidentemente que a Câmara Municipal, que deixa-se compreender como uma extensão de interesses do Palácio da Resistência em toda e qualquer decisão tomada, certamente seguiu o que orientou o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil). Até porque ele já se vê como reeleito. Com isso, Allyson já não pode fazer uso de uma expressão que adotou em 2020: "pobrezinho". Essa não cola mais. Pobre não mora em condomínio, não possui carro caro, não viaja, não tem salário de 23.550,00 e nem passará a ganhar R$ 34.774,64 (caso seja reeleito). 

Já que o prefeito gosta de comparação e vive fazendo alusão à administração diretamente anterior à sua, é bom frisar que em 2017 a então prefeita Rosalba Ciarlini, por meio do decreto  N⁰ 5032, determinou a redução do subsídio em R$ 6.789,74, uma vez que o Legislativo havia aprovado reajuste de 28,38% salarial, chegando a R$ 30.339,74.

Mas tudo é explicável: como o prefeito de Mossoró quer chegar ao Governo do Estado, talvez esteja nos planos dele que a reeleição está mais que certa e que em 2025 passará a ter subsídio maior que a governadora Fátima Bezerra e, tão logo seja eleito governador, vai equiparar seu ganho ao presidente da República.


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