A exemplo do que acontece em Natal, onde o PL declarou apoio pré-candidatura do deputado federal à Prefeitura, pelas bandas de Mossoró a situação não difere. Aqui o PL, parte dele, segue a orientação do senador Rogério Marinho, de apoio à reeleição do prefeito Allyson Bezerra e, de preferência, indicando o candidato a vice. Em Natal o deputado federal General Girão diz que mantém sua pré-candidatura ao Executivo. E em Mossoró, parte do partido não quer proximidade com o prefeito. Entende-se que os supostos casos de corrupção afastam essa ideia e que manter o projeto (de apoiar o vice de Allyson) não é projeto ideológico: é de poder.
Esse é o pensamento do professor Josué Moreira (PL), suplente de deputado federal. Para ele, indicar o candidato a vice ou apoiar o prefeito Allyson Bezerra não seria a melhor opção. "É melhor perder uma batalha e apresentar os objetivos da sua luta do que ganhar a guerra de forma enganosa e desonrosa", disse. Ele se refere, obviamente, ao recente escândalo envolvendo licitação de uma empresa que, supostamente, não existe e que obrigou a Prefeitura de Mossoró a cancelar o contrato.
Josué Moreira entende que o líder maior do PL é o ex-presidente Jair Bolsonaro que, disse, "demonstrou tolerância zero a corrupção e ao desperdício do dinheiro do contribuinte. No meu entender o PL deveria ter um projeto para Mossoró diferente da atual gestão e das administrações passadas, juntar-se ao atual mandatário é absorver e concordar com tudo que aí está".
O professor raciocina que o melhor caminho para o PL deveria ser o de um partido de pensamento, definitivamente, de direita. Que pense claro, próprio e que, somente assim, a sociedade poderia ter certeza em depositar confiança. "É preciso colocar de forma didática para os eleitores mossoroenses seus reais objetivos de mudanças para a população e a cidade. Se o PL manter a mesma politica provinciana de acordos sem princípios em nada vai diferenciar do pensamento de esquerda e dos demais partidos que fazem acordos para ganhar o poder e sem compromisso com os anseios da sociedade", comentou.
Para ele, não faz sentido haver entendimento político com Allyson Bezerra, uma vez que o secretariado do prefeito é de pensamento de esquerda. E, com isso, não teria como unir esquerda e direita em um mesmo projeto político. Pelo menos em Mossoró.
Diante disso e diferente do pensamento do empresário Tião Couto (PL) - que afirmou não enxergar a presença da ex-prefeita Rosalba Ciarlini nas eleições vindouras, Josué Moreira reconhece que ela tem seu potencial político e eleitoral.
"Rosalba tem seu eleitorado fiel, assim como existe os anti-rosados, que não desejam seu retorno. Na minha visão ela precisa renovar seu quadro pessoal, colocar mais jovens e pensamentos mais modernos talvez consiga seu objetivo de melhorar sua biografia. Caso ela escolha se apresentar com aquela "velha guarda" despreparada e ultrapassada dificilmente superará seu adversário. Ela vive o pior dilema da sua vida politica, se não se candidatar perderá seu eleitorado assim como aconteceu com Sandra e Larissa que perderam seu eleitorado para Tião e o atual prefeito. Dessa forma, fica a pergunta: para onde irá os votos dos eleitores da Rosa?"
E ele continua: "ela tem uma história com Mossoró que ninguém poderá apagar. É a segunda maior eleitora de Mossoró e só meu ver não se apresentaria como opção se não tivesse em mãos alguma pesquisa que lhe animasse a lutar. Não é prudente desprezar um inimigo disposto e com vontade de vencer."
Contudo, apesar desse reconhecimento, ele diz que o PL poderia se aproximar de Rosalba desde que ela não fosse a cabeça da chapa. "A melhor estratégia para o PP de Rosalba seria um acordo de consenso com um nome do PL para apoiar, se perder não carregaria outra derrota em sua biografia política e se prepararia melhor para 2028."
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