Se na eleição passada, Allysson Bezerra teve insucesso na sua candidatura de honra, que seria eleger soldado Jadson deputado estadual e ainda investir no apoio ao político de longa estrada Lawrence Amorim para abocanhar uma vaga na Câmara Federal (teria que superar Kelps Lima e o partido fazer um federal, o que não aconteceu), tudo indica que agora a estratégia é outra.
Os planos de
Allysson para 2024 parece que já sofrem, de antemão uma frustração. Explico: o prefeito
defendia que não precisava ceder a candidatura de vice na chapa a nenhum
político e destacaria algum assessor de extrema confiança e proximidade para
ser o seu companheiro, para caso saísse da Prefeitura ou fosse afastado por
algum quiproquó de malversação de dinheiro público, ainda mantivesse o controle
da prefeitura através de um secretário que aceitaria a ascendência e as ordens
do sobrinho de Manoel Bezerra sobre a máquina pública municipal.
Pressionado por
dificuldades políticas que ele mesmo criou, apesar de herdar uma Prefeitura
mais rica e vitaminada por empréstimos como o Finisa, mais do que todos os
outros quadriênios, Alysson engata um recuo como uma confissão pública que sabe
que não ganharia sozinho e, portanto, não tem vai tentar uma chapa puro sangue,
como Rosalba Ciarlini fez em 2016 ao escolher uma neófita da política como
vice.
Mais do que
isso: o recuo de Allysson parece um sinal de admissão pública de que ele
próprio percebe que não tem condições de emplacar seu real objetivo de que
seria caso reeleito, sair para o Governo do Estado, então aceitaria um vice que
não seja “seu “de verdade.
Bezerra percebe
que continuar o São João criado por outros e surfar em obras já contratadas por
um empréstimo celebrado pela Caixa e pela gestão que o antecedeu não é o
bastante para o credenciar ao Governo do Estado. Também sabe que precisa conquistar
apoio de colegas prefeitos de outros municípios que sabem fazer festas, entendem
mais de gestão pública e sabem também que nadando em dinheiro de empréstimos é
fácil fazer marketing.
Também pesou
para esta decisão o frio na barriga e aperreio que a Prefeitura passou, e passa,
para honrar compromissos básicos como pagamento de servidores, terceirizados e
de prestadores de serviço, com direito à coletiva (de imprensa) da equipe
econômica alertando atraso não só dos fornecedores e terceirizados, mas
conjecturando o atraso dos efetivos.
Tal fato não
ocorreu porque a Prefeitura fez uma grande ginástica financeira e foi salva com
o ganho de um processo contra a Petrobras que lhe rendeu R$ 5 milhões a mais
por mês (processo que também foi mérito de gestões passadas, que ajuizaram esta
ação). No tabuleiro político de Mossoró nem toda certeza que se tem hoje, se
confirma na semana ou no mês seguinte.
Alysson terá
força para recuar novamente e descartar Lawrence como está descartando o PL de
Rogério Marinho e anunciar um vice só seu? Ninguém sabe. Desse episódio o maior
derrotado está sendo o robusto PL de Mossoró, que passou a ser tratado como um
bibelô, um acessório de enfeite descartável de Alysson.
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