sábado, 17 de fevereiro de 2024

Allyson descarta secretário, Lawrence é o nome e PL de Bolsonaro está fora

Se na eleição passada, Allysson Bezerra teve insucesso na sua candidatura de honra, que seria eleger soldado Jadson deputado estadual e ainda investir no apoio ao político de longa estrada Lawrence Amorim para abocanhar uma vaga na Câmara Federal (teria que superar Kelps Lima e o partido fazer um federal, o que não aconteceu), tudo indica que agora a estratégia é outra.

Os planos de Allysson para 2024 parece que já sofrem, de antemão uma frustração. Explico: o prefeito defendia que não precisava ceder a candidatura de vice na chapa a nenhum político e destacaria algum assessor de extrema confiança e proximidade para ser o seu companheiro, para caso saísse da Prefeitura ou fosse afastado por algum quiproquó de malversação de dinheiro público, ainda mantivesse o controle da prefeitura através de um secretário que aceitaria a ascendência e as ordens do sobrinho de Manoel Bezerra sobre a máquina pública municipal.

Pressionado por dificuldades políticas que ele mesmo criou, apesar de herdar uma Prefeitura mais rica e vitaminada por empréstimos como o Finisa, mais do que todos os outros quadriênios, Alysson engata um recuo como uma confissão pública que sabe que não ganharia sozinho e, portanto, não tem vai tentar uma chapa puro sangue, como Rosalba Ciarlini fez em 2016 ao escolher uma neófita da política como vice.

Mais do que isso: o recuo de Allysson parece um sinal de admissão pública de que ele próprio percebe que não tem condições de emplacar seu real objetivo de que seria caso reeleito, sair para o Governo do Estado, então aceitaria um vice que não seja “seu “de verdade.

Bezerra percebe que continuar o São João criado por outros e surfar em obras já contratadas por um empréstimo celebrado pela Caixa e pela gestão que o antecedeu não é o bastante para o credenciar ao Governo do Estado. Também sabe que precisa conquistar apoio de colegas prefeitos de outros municípios que sabem fazer festas, entendem mais de gestão pública e sabem também que nadando em dinheiro de empréstimos é fácil fazer marketing.

Também pesou para esta decisão o frio na barriga e aperreio que a Prefeitura passou, e passa, para honrar compromissos básicos como pagamento de servidores, terceirizados e de prestadores de serviço, com direito à coletiva (de imprensa) da equipe econômica alertando atraso não só dos fornecedores e terceirizados, mas conjecturando o atraso dos efetivos.

Tal fato não ocorreu porque a Prefeitura fez uma grande ginástica financeira e foi salva com o ganho de um processo contra a Petrobras que lhe rendeu R$ 5 milhões a mais por mês (processo que também foi mérito de gestões passadas, que ajuizaram esta ação). No tabuleiro político de Mossoró nem toda certeza que se tem hoje, se confirma na semana ou no mês seguinte.

Alysson terá força para recuar novamente e descartar Lawrence como está descartando o PL de Rogério Marinho e anunciar um vice só seu? Ninguém sabe. Desse episódio o maior derrotado está sendo o robusto PL de Mossoró, que passou a ser tratado como um bibelô, um acessório de enfeite descartável de Alysson.

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