sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Allyson usa tática antiga para evitar investigação

A política é recheada de estratégia. E engana-se, redonda ou "quadradamente", que os que estão quietos vão permanecer estáticos mais adiante. Já se diz, à boca comum, que tudo muda. De maneira que o silêncio de hoje tende a se transformar em grande estardalhaço amanhã. O blog quer dizer que não foi à toa que o prefeito Allyson Bezerra plantou, em blogs parceiros, a notícia de que o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim, seria seu companheiro de chapa nas eleições deste ano, em detrimento aos anseios do PL e às prerrogativas de amizades do próprio Allyson.

Com o anúncio, circulado antes de Allyson veicular a composição com Lawrence, de que a oposição iria buscar a efetivação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar supostos, ou não, desvios de conduta ética, moral e jurídica da gestão de Bezerra, tudo  mudou. Já se tem elementos necessários para que a investigação seja feita, e o blog cita somente dois: licitação ganha por empresa fantasma e pagamento de aditivos para obras já concluídas.

E quando o blog fala, acima, em estratégia, não foi à toa. O prefeito quis puxar Lawrence para si. O intuito foi um só, e óbvio: fazer com que o presidente da Câmara impeça toda e qualquer tentativa de investigação na Prefeitura de Mossoró.  E parece ter surtido efeito, uma vez que, obviamente, a famosa turma do "deixa disso" terá entrado em cena e abafado a ideia. Tanto que não se ouve mais falar em Comissão Especial de Inquérito.

O plano do prefeito pode até ter surtido efeito, inicialmente. Contudo, cabe algum questionamento: será mesmo que o prefeito vai seguir com a ideia de compor com Lawrence? Allyson vai mesmo, caso seja reeleito, se afastar da Prefeitura para passar o cargo para um político que também quer voar alto? O prefeito não vai mesmo querer um vice para chamar de seu?

Na política tudo é válido. Até vender, via marketing, ideia de composição sem a real intenção de concretização. E, caso aconteça, será por mera conveniência. Não por confiança ou projeto em comum.


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