O momento é propício para o surgimento de todo tipo de observação. Uns mais, outros menos. Na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará, na cidade de Russas, vem a informação de que por lá a coisa não estaria tão correta, administrativamente falando. Algo que, se for levado à frente e ao conhecimento do Ministério Público Estadual, Federal e se a própria Câmara Municipal fizer à sua parte, muita coisa pode surgir e, obviamente, melhorar a vida das pessoas. De muitas, e não de poucas.
Russas
tem 72.928 habitantes, segundo o Censo do IBGE divulgado no ano passado. Por lá
a situação estaria beirando o caos devido à ausência de ordem ética e moral. E,
com isso, existe a possibilidade real de se perder o conceito de administração
pública, de política na sua essência, e percebe-se a concretização do que a
teoria denomina de “politicagem”, que se dá quando ocorre o beneficiamento
particular em detrimento do coletivo.
De acordo
com documentos, inclusive fotográficos, a administração pública estaria sendo
tratada como espécie de “puxadinho” da casa do prefeito. Nesse “jeitinho
brasileiro” que coloca em xeque a efetividade e a seriedade do serviço público
e o bom gerenciamento da verba igualmente pública, a oposição estaria
percebendo uma prática nociva à coletividade: pai, mãe e demais parentes são
beneficiados com um aparato que, em tese, era para estar a serviço do cidadão
de Russas.
Pela
declaração de bens informada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ocasião
de sua candidatura e posse, o prefeito Sávio Gurgel (PDT) não deveria permitir
o usufruto da estrutura pública. Ele tem um patrimônio estimado em pouco mais
de R$ 2 milhões. Com isso, a oposição trabalha com a sistemática relacionada à
evidência de um suposto desvio de conduta ética, uma vez que estaria
acontecendo desvirtuamento do que é certo e errado na esfera pública.
Tudo em
virtude, dentre outros aspectos, um contrato de locação de automóveis pela
Prefeitura de Russas. Os veículos, parte deles, estariam atendendo as
necessidades de familiares do prefeito: pai, mãe e adjacentes. E, para piorar a
situação, um dos carros estaria à disposição da Chefia de Gabinete, ocupada
pelo pai do prefeito, mas era pago com verbas federais (a locação do veículo).
Especificamente com dinheiro direcionado para a Secretaria Municipal de
Assistência Social (Setas) para o desenvolvimento de ações coletivas e
direcionadas à população de baixa renda.
Essa
realidade acontece bem aos olhos de todos os cidadãos e ocorre à revelia da
Câmara Municipal, que é o órgão que tem a obrigação de investigar se a
administração pública está gerenciando corretamente a verba pública. Como o
Legislativo se mostra silente, implica dizer e pensar na existência de
conivência que poderia envolver parlamentares que estariam sendo beneficiados
com tais irregularidades graves e que põe em risco todos os conceitos que
envolvem a administração da coisa pública.
Tudo,
como já foi dito, ainda no clima de pré-campanha. E, se de fato, o
desvirtuamento da gestão pública for real, cabe, de fato, à Câmara Municipal
investigar. Afinal, foi para isso que vereadores são eleitos.
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