Bacharel em Direito, o ex-vereador Alexandre Manoel de Paiva Filho (PL) se coloca como pré-candidato a prefeito de Grossos para as eleições deste ano. Ele é de uma família tradicional da política grossense: o pai foi vereador e a mãe (Amélia Paiva) é vereadora, e o avô foi vice-prefeito. Em 2020 ele foi candidato a vice-prefeito da ex-candidata Clorisa Linhares. Para o pleito deste ano, ele se alinhou ao ex-vereador e ex-candidato a prefeito Erasmo Carlos e se diz preparado para o embate político com a prefeita Cinthia Sonale (União Brasil), que vai buscar a reeleição. Nesta entrevista, Alexandre Paiva critica o modelo de gestão atual e, obviamente, fala um pouco de sua trajetória e de seus planos.
O senhor teve o nome definido para aglutinar a oposição ás eleições deste ano. Antes houve desencontro de posições e chegou-se a quatro pré-candidatura. Essa divisão anterior foi um complicador?
Acredito
que não tenha sido um fator que complicasse, apesar de todos nós compartilhamos
um sonho de trabalhar para a nossa gente, o grupo chegou a um consenso em
manter apenas um candidato pela oposição.
Apesar de
neto de um vice-prefeito que infelizmente não conseguiu terminar o seu mandato,
nos deixando e indo aos braços do Criador, sou filho ex-vereadores, nunca vi a
política como um projeto familiar. Inspirado em meu saudoso avó “Zé Vicente”,
já fui vereador, e agora é chegado o momento de arregaçar as mangas e buscar o
desenvolvimento do nosso município, para ver minha cidade prosperar e crescer a
cada dia. Meu projeto e o desenvolvimento da minha cidade.
Se não é um projeto familiar, a mãe do senhor, que é vereadora, não tentará a reeleição?
Tendo em
vista que minha mãe é o pilar central na minha caminhada, eu estaria sendo
desleal com todo o meu grupo político, e principalmente com todos que sonham de
enfrentar o Legislativo municipal. Por esses e outros motivos, minha mãe não é
pré-candidata a vereadora nas eleições deste ano.
O que levou o senhor a projetar uma pré-candidatura ao Executivo?
Ao entrar
na política no ano de 2012, fui candidato a vice-prefeito, acreditando que
poderia contribuir com minha cidade de forma ativa, mudando a vida das pessoas
e trazendo esperança de dias melhores. Nunca desisti do meu povo. Mesmo sem
mandato, eu continuei lutando por uma melhor qualidade de vida para o nosso
povo.
De que maneira o senhor poderia mudar alguma realidade em Grossos?
Investindo
em políticas públicas de qualidade, tendo como base o respeito ao bem público. Sabemos
que os jovens são os mais afetados pela falta de estrutura do município de
Grossos, mesmo com todo o potencial industrial e turístico que nos foi
presenteado por Deus, me deixa muito triste ver os grossoenses, que muitos
poderiam contribuir para o desenvolvido da sua cidade, indo embora em busca de
seus sonhos. É importante que as oportunidades sejam incentivadas para as
famílias não separarem e tenham que buscar seu pão de cada dia em outras
terras. Sabemos que a geração de emprego
traz renda para muita gente e a parceria entre o poder público e o privado é a
chave para o progresso que tanto queremos ao município.
O fato de se ter anunciado a chapa a ser homologada nas convenções partidárias não é um impeditivo para atrair novos apoios?
Acredito
que não impede novos apoios, e sim que pessoas jovens que estão alinhados com a
experiência dos mais velhos, e que amam sua cidade, assim como eu, possam
colocar seu nome à disposição da sua terra, e que juntos possamos ir à busca de
dias melhores para todos.
O seu pré-candidato a vice-prefeito disputou a Prefeitura em 2020 e o senhor foi candidato a vice de outro nome. De alguma maneira, foram adversários e que agora se uniram...
Jamais
tive nenhuma divergência com Erasmo. Fomos colegas de parlamento entre 2016 a
2020, e sempre mantivemos uma harmonia saudável. Não é à toa que estamos unidos
hoje, com um único propósito: mudar nossa cidade.
O senhor tem apoio da chamada velha política de Grossos. Esse fator não seria um problema?
Não
podemos chamar de velha política pessoas experientes, que já governaram o
município ou não, mas que não conseguem ver nossa cidade ficar em tamanho
sofrimento. Minha pré-candidatura é pautada pela busca de ideias. Estou indo
até as pessoas conversando, buscando um diálogo salutar para o bem-estar de
todos os grossenses.
Como está a formação da nominata que disputará as vagas da Câmara municipal
Como
falei anteriormente, as pessoas querem um bem para Grossos, escutaram o chamado
das ruas, e colocaram seus nomes à disposição para serem pré-candidatos a
vereadores nas próximas eleições.
Onde a atual gestão está a?
Uma
gestão que não é voltada para o todos, não pode ser chamada de gestão pública.
Fazem gestão de salários atrasados, falta de investimentos e financeiros para
os pequenos empreendedores da cidade, que são esquecidos atualmente. Na
educação, as escolas estão acabadas e as creches que existem precisam passar
por uma modernização. Na saúde, estamos à beira de um colapso no serviço
público, que vai de falta de remédio, número de profissionais insuficiente para
serviço médico.
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