A dificuldade em se conseguir a união da classe política potiguar foi a pauta dos pronunciamentos durante o horário dos deputados, na sessão desta quinta-feira (11) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Para os parlamentares, o Estado tem ficado para trás em relação aos vizinhos Pernambuco e Paraíba, justamente pela desunião que existiria entre seus representantes na hora de se buscar melhorias para a população.
O primeiro a se manifestar foi o deputado
estadual Dr. Bernardo (PSDB), que relatou ter feito uma viagem até o interior
de Pernambuco, passando também por estradas da Paraíba. “Fiquei muito feliz com
o que vi nos dois estados, muitas máquinas trabalhando, estradas sendo
duplicadas, e aqui a nossa BR-304 com tanta dificuldade. É preciso união. Não
basta falar em projeto executivo, tem que buscar recursos. Na PB e PE as coisas
estão acontecendo e estamos atrasados”, disse.
Dr. Bernardo relatou que estas ações são causas
“suprapartidárias” e que merecem a união de toda a classe política. “É preciso
fazer a convocação para todos os deputados estaduais e federais, senadores, a
governadora. Não há reunião do presidente Lula com nossos representantes, nossa
bancada. E nós precisamos discutir temas onde o RN precisa avançar, em especial
a BR 304”.
O deputado estadual José Dias (PSDB) também
concordou com a cobrança feita por Dr. Bernardo, acrescentando que todos os
políticos foram eleitos prometendo representar os interesses dos eleitores. “É
necessária sim a união das forças políticas. A responsabilidade principal é da
governadora, mas todos temos nosso dever. Temos que nos unir para resolvermos
esses problemas”, afirmou.
José Dias ainda abordou o atraso no pagamento das emendas parlamentares e demonstrou preocupação quanto ao destino dos recursos que estão sendo arrecadados no Estado. “RN tem recebido chuva de dinheiro e não se sabe para onde vai. Estão dilapidando, estão jogando fora. Não há explicação. Atraso das emendas é uma responsabilidade administrativa e penal. Constituição manda pagar, não pagando é crime de responsabilidade”, acrescentou.
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