sexta-feira, 30 de agosto de 2024

A síndrome de Pinóquio em campanhas eleitorais ao redor de Mossoró


O que tem de candidato que quer fazer teste para ator de telenovela... A região de Mossoró apresenta alguns expoentes à dramaturgia neste começo de campanha eleitoral e um verdadeiro festival de equívocos, drama e incentivo ao não-estudo vem sendo posto em prática. Para se ter ideia, tem postulante ao cargo do Executivo em uma cidade próxima a Mossoró que tem graduação em Direito e que finge desconhecer uma palavrinha que provavelmente tenha estudado no ensino superior: Hermenêutica.

Pois bem: ao se apresentar como suposta vítima de algo que não existiu, tal candidato ainda tem a ousadia de insistir na ideia de que o eleitorado deve buscar a imediatez da internet do que um bom livro de história. Talvez para insistir na ideia de que o povo, quanto mais subjugado, melhor. Algo bem próprio de gente medíocre e que não quer ver o desenvolvimento da sociedade por meio da educação. Como se uma "googlaga" fosse resolver os problemas de conhecimento social. 

Ora, esse mesmo candidato diz que não ataca seus adversários. Mas, em palanque, comete e deixa que outros o façam também, a misoginia, já que disputa o Executivo com uma mulher. E permite que impropérios vernáculos sejam ditos contra ela, sem levar em consideração fatos que ele, para se apresentar como vítima, defende: tem família e amigos. 

Assim, de maneira bem escrachada tal candidato defende, ainda, um ditado infame: "façam o que eu digo e não o que eu faço". Ou seja, ele quer respeito, mas não respeita. Mente, omite e finge desconhecer uma simples interpretação de texto para fazer valer o que existe de pior na política.

E permanece, com isso, perpetuando personagens clássicos apresentados ao público, como Pinóquio e, no caso da cultura brasileira, o velho e querido Odorico Paraguaçu. Se bem que, na ficção, tais personagens tinham algo a evidenciar. Na vida real, apenas a misoginia, a mentira, o ódio e a busca desenfreada do poder. Não à toa, suas movimentações políticas seguem no fracasso. Não à toa, tenta se defender acusando e denegrindo. Em vez de apresentar propostas, desconhece o que foi feito e desqualifica profissionais públicos. Daí, via vitimismo, tentar encontrar um caminho que lhe renda alguma coisa. Certamente encontrará: a negação das urnas.

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