terça-feira, 27 de agosto de 2024

Vamos de aula com o tio Edilson, Grossos!

O blog observou que muitos jovens, ávidos por opinarem sobre o que escrevi no blog O Facho de Grossos acerca do uso de fake news e o malefício que esta causa, resolveram pegar no pé do titular deste espaço e questionaram se eu seria realmente professor.


E a resposta é, sim, sou. E leio. Não passo horas no celular, buscando respostas prontas por meio da Inteligência Artificial. Por incrível que possa parecer, eu leio. E muitos afirmaram que este que vos escreve estaria redondamente equivocado, pois Hitler não utilizava marketing e quis apenas instituir a Raça Ariana para fazer valer alguma verdade.

A postagem em questão, volto a dizer, não se direcionava para a ligação de Hitler com o candidato ora defendido por quem tem escassez de leitura. Mas faz parte. É o preço que se paga por preferir a fala pela fala e não estudar. Mas são escolhas.

Embora o foco do que escrevi não foi Hitler, houve o desvio da intenção do que foi escrito para que determinado candidato saísse como vítima. E isso, por si, é algo que casa com uma das Formas de Dominação, teoria apresentada por Max Weber.  Leia aqui.

Outros jovens, talvez com escassez da leitura física e com a obrigatoriedade do uso das redes sociais, enfatizaram que o Reich não era conhecido pela disseminação de informações falsas.
Ledo engano. Hitler foi quem mais utilizou fake news. Basta a informação de que o seu Ministro de Propaganda, Joseph Goebbels, trabalhou com afinco as inverdades mais cruéis já vistas na humanidade e resultou no que a história conhece.

Aliás, é dele a frase utilizada na postagem que fiz n'O Facho de Grossos: "uma mentira dita mil vezes torna-se verdade." Assistam, crianças, ao filme "O Menino do Pijama Listrado", ou "O Diário de Anne Frank", ou "A Lista de Schindler". Parte dessa história real está lá.

Nunca é demais pesquisar. E sinto-me lisonjeado pelo fato de alguém duvidar que sou professor. É que a dúvida direciona ao conhecimento em si. Contudo, seria mais plausível se quem faz tais questionamentos, buscasse na Plataforma Freire todas as informações relacionadas à vida profissional de alguém. Para facilitar, segue meu Lattes para, quem ainda quer saber se sou professor ou não. (Veja aqui: https://lattes.cnpq.br/5639409302231081).

O que escrevi foi justamente sobre o uso do marketing e que gerou toda essa celeuma. Desnecessária, até. Porque bastaria uma lida nos livros de história para saber tudo isso. Mas, até se entende o comportamento juvenil. A falta de tempo, em uma sociedade cada vez mais líquida, como ensina Zygmunt Bauman, a pressa pode ser inimiga da perfeição. Mas quando alguém se propõe a projetar o marketing de outros, a leitura é imprescindível. E usar informações do Wikipedia pode ser danoso, já que se trata de uma obra aberta. 

Para completar ainda mais a idiotice imensurável que vem das redes sociais, justamente pela falta de conhecimento ou uso de má-fé mesmo, atribuiu-se ao fato do titular deste espaço ser Secretário de Comunicação o fato de ter escrito sobre fake news.

O fato de alguém ser secretário de alguma coisa não lhe tira o direito de escrever, opinar ou criticar. E mais: o titular deste blog é servidor efetivo e não sobrevive de migalhas ou tentativas de usurpação do que não lhe pertence. Com orgulho, professor. Por vocação, jornalista. O resto e quem não gostar, como diz o ditado, que tire a calça e mije em cima.

Bora pra frente que o tio Edilson tirou um pouco do seu tempo para explicar o que facilmente poderia ter sido obtido pela leitura em livros e sites. O uso do CHAT GPT ou o Copilot, da Microsofit, até pode ajudar na construção de alguma peça de marketing, mas vai atrofiar o cérebro de quem o usa indiscriminadamente.









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