quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Caso não se saiba fazer, a união vitoriosa está a um passo do esfacelamento

Findado o período eleitoral em 166 municípios do Rio Grande do Norte, a hora é de rearrumar a casa. Será absolutamente natural que, em algumas cidades haja a divisão do grupo que se consagrou vitorioso nas urnas. Uns esperavam maioria significativa, mas os números não vieram em forma de votos. Contudo, se o resultado era ganhar, deu certo.  Contudo, como já virou praxe, mal acabou uma eleição e já se pensa em outra. Não em 2026, e sim em 2028.

E essa divisão tende a ocorrer de maneira até natural. É que, sem espaço para projetos futuros, será o caminho mais coerente que algumas pessoas tomem direções contrárias ao reeleito ou reeleita. No caso, alguns vice-prefeitos ou vice-prefeitas, além de vereadores ou vereadoras reeleitas, tendem a se 'rebelar" mais na frente para não serem engolidos pelo jogo das escolhas no futuro. Ou se projeta a partir de janeiro de 2025 ou ficará para trás.

Com isso, uma suposta união tende a cair por terra. E fatalmente ocorrerá. Mais dia, menos dia, tudo vai se acomodar. E, para evitar o esfacelamento do seu agrupamento político, o gestor ou a gestora terá que ter muito jogo de cintura. O problema vai estar, certamente, nas decisões políticas. Muitos gestores não sabem lidar com essa área e confunde alho com bugalho.

Chefia de Gabinete, Assessoria Especial ou Secretaria de Governo, aliado à Comunicação, são áreas essenciais para tais definições e decisões futuras. A questão toda é que a eleição deste ano provou, por A mais B que a nova geração que pensa saber fazer Comunicação, por exemplo, confunde as bolas. Difunde-se a projeção de conteúdos nas redes sociais como algo realmente positivo. Até pode ser, mas o eleitor não votou em um artista. Votou por alguém que saiba, realmente, administrar. E ficar projetando conteúdo não consta das regras relacionadas à boa gestão. Pelo contrário.

E é aí que entram a Chefia de Gabinete, a Assessoria Especial ou a Secretaria de Governo. Juntas, estas áreas podem, e devem, fazer o dever de casa para evitar micos administrativos e políticos. Cabem a estes setores evitar o esfacelamento do agrupamento político. Mas, se houver destempero e as regras não forem seguidas, não resta outra coisa a não ser escrever a palavra mágica: tchau! E o grupo cai por terra.

Daí a necessidade, até urgente para uns, de reverem suas práticas. Apostar em posições BYD, surgidas agora, não é o caminho mais coerentes. Uns apostam em gente nova para o sucesso. Outros preferem a experiência. É preciso, pois, unir os dois: nem tão BYD nem tanto passado. O famoso equilíbrio, como mostra o grego Aristóteles, é a melhor alternativa para uma administração de sucesso e capaz de evitar o esfacelamento grupal.


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