segunda-feira, 24 de março de 2025

Se render reels, está ótimo?

A reprovação das contas do prefeito de Mossoró, ainda da campanha eleitoral de 2024, suscita um questão: se ele não teve preocupação com a prestação de contas da campanha, vai mesmo se preocupar com o uso da verba pública? 

A resposta já foi dada por ações administrativas e é um grande "não". A partir do momento em que se faz uma obra custeada com verba pública e, em pouquíssimo tempo, é preciso fazer reparo, implica na afirmação de que não houve planejamento e que o projeto não teve o devido acompanhamento técnico. Foi o que aconteceu, a saber, com obras na ponte e na construção de boxes no centro da cidade, bem como em serviço de limpeza urbana à escoação da água da chuva.

E tal constatação não se deve ao fator da idade, como quis insinuar o ex-prefeito natalense Álvaro Dias, que é outro que deixou a desejar, administrativamente falando, e agora implica com o fato do prefeito de Mossoró ter, na fala dele (Álvaro), "30 e poucos anos". Trata-se da ausência de competência administrativa mesmo. De planejamento e acompanhamento do que está em execução (com verbas federais e do Finisa, ainda).

O prefeito de Mossoró tem a ânsia, imensurável, de aparecer. E não cansa de pagar mico nas redes sociais. Falou, dias passados, de uma suposta inoperância do Governo do Estado com relação a voos do Aeroporto Dix-sept Rosado, mas não soube assumir que tem fracassado na solução de problemas para o transporte público da segunda maior cidade do Rio Grande do Norte.

Basta olhar, também, o monstrengo que está no Centro de Mossoró. Ao lado de um prédio histórico tem a "casinha de pombo", que recebe o nome, extraoficial, de camelódromo. A Prefeitura de Mossoró não teve, sequer, a preocupação em pensar. Construiu porque era preciso apresentar alguma coisa ao cidadão. Mas o local está um caos: prejudicou os comerciantes que já estavam fazia tempo, em lojas, e por tabela ainda complicou o acesso de pedestres.

Uma obra que, verdadeiramente, é o retrato de uma gestão que não planeja, não estuda e que segue o ímpeto de um gestor marcado pela síndrome de aparício: se rende reels, tá tudo bem. 

Nenhum comentário: