Em muitas vezes, o cidadão comete
erros ou não atende às expectativas do Governo em virtude da falta de
conhecimento. E não se trata aqui de nenhuma alusão ao saber produzido no
decorrer do aprendizado.
A Prefeitura de Mossoró divulgou recentemente que o
cidadão que colocar entulhos de materiais de construção em via pública e for
reincidente, poderá ser multado em R$ 100,00. Foi dito também que o
recolhimento de tais entulhos não seria de responsabilidade do Executivo e que
quem fizesse reforma em suas casas ou quaisquer outras construções, seria
responsável pela contratação de empresas especializadas em tal trabalho. Algo
que faz sentido.
Não se pode colocar lixo ou restos de material de construção
em via pública, que é um espaço coletivo. De todos. Diante do comunicado feito
recentemente pela Prefeitura, o interino resolveu ir às ruas de bairros
afastados do Centro. E não procurou a periferia.
O objetivo foi ver como se
comportava o morador da chamada área nobre de Mossoró. Surpresa? Nenhuma. Assim
como ocorre na periferia, problema de amontoado de lixo e de entulhos se
percebe em bairros como Nova Betânia e áreas adjacentes. Na Rua Frei
Miguelinho, Doze Anos, são observados “montes” formados em alguns locais.
Como
se trata de uma rua com movimento intenso no trânsito, tais amontoados poderão
provocar algum acidente. Na Rua Alaíde da Escóssia, no bairro Nova Betânia,
mais entulhos e lixo. Tal situação rememora a obra “O que faz o brasil,
Brasil”, do antropólogo brasileiro Roberto Damatta. No livro, ele faz a
distinção entre a casa, a rua e o trabalho.
Em casa a gente é o que é, algo que
difere da rua, que é ambiente coletivo. Assim sendo, é na rua onde todos são
iguais, porque existem leis que devem ser respeitadas. Poderia ser o inverso:
em casa a pessoa pode fazer o que bem entender, e a sujeira pode tomar conta.
Mas ocorre o inverso. No caso em questão, da jogada de lixo e entulhos, o
Código de Postura Municipal prevê punições para quem desrespeita o ambiente
coletivo, público.
Isso evidencia uma coisa que deveria ser levada em
consideração: é preciso que o ordenamento jurídico de uma cidade seja levado ao
conhecimento de todos. E aqui retorno ao início deste texto: as pessoas colocam
lixo e entulhos nas ruas por falta de conhecimento. E também de educação.
A
sociedade não se acostumou com algo inerente ao viver em sociedade, que é a
polidez. Gestos simples e palavras igualmente simples são deixados de lado.
Pronunciar um “bom dia” a quem quer que seja está em desuso. Assim como lembrar
que calçadas são espaços públicos, bem como locais tidos como privados (frente
de casas) são de uso coletivo.
Em Areia Branca
O clima não está nada bom para o PMDB
de Areia Branca: a prefeita Luana Bruno tem feito uma administração opaca, sem
brilho. E para completar, não foi “fiel” ao apoio que recebeu em 2012. Agora,
com problemas administrativos e na esfera pessoal, tudo leva a crer que ela não
tentará a reeleição. Até porque ela perdeu suporte de quem poderia ajudar: o
apoio do deputado estadual Manoel Cunha Neto (PHS), “Souza”. Em 2012, Souza
tentou emplacar Lidiane Garcia como sua candidata, mas foi “engolido” por Bruno
Filho, ex-prefeito e pai de Luana. Lidiane foi, então, indicada como
companheira de chapa.
Em Areia Branca II
Agora a coisa é diferente. Como
existem barreiras políticas e pessoais, Souza deverá jogar pesado contra o PMDB
de Luana Bruno. E, diferente do que o interino comentou dias passados neste
espaço, a vez não tende a ser de Lidiane Garcia: é de João de Berguinho, que é
filho do médico Berguinho (do INSS) e que foi candidato a deputado estadual na
eleição do ano passado. Seria, em tese, a construção de um novo grupo político
em Areia Branca, o qual será liderado por Souza. Até poderia sair a chapa João
de Berguinho/Lidiane. Tudo pode acontecer. O período de especulação apenas está
começando.
‘Nazoropa’
Depois do voto garantido e de estar no
cargo que tanto quis, o governador Robinson Faria (PSD) vai curtir outros
carnavais. Nos últimos quatro anos, ele não perdeu uma foliazinha sequer no Rio
Grande do Norte. De Apodi a Alexandria, de Caicó a Mossoró, de Natal ao
município mais longínquo, lá estava ele. Agora a coisa é diferente. Robinson
deve passar o Carnaval na Europa.
Segue
Até porque poucos municípios
realizarão Carnaval no Rio Grande do Norte. O período não está propenso a gasto
público com bandas e estrutura enquanto o povão sofre com falta d’água.
Certamente, o governador Robinson Faria só iria ouvir reclamações. Na Europa
será diferente. Vai desopilar e recarregar as baterias.
Chapa
A ex-prefeita Fafá Rosado e o
ex-deputado federal Betinho Rosado devem colocar blocos na rua no momento
certo. Quem conseguir viabilizar o nome, será o candidato que terá o apoio da
ex-governadora Rosalba Ciarlini. Quem ficar em segundo, seria o vice. Chapa
formada, então. Faltam apenas os números para mostrar quem estará na frente. A
tese de que o grupo de Fafá estaria negociando reaproximação com o prefeito
Silveira Júnior (PSD) nunca existiu. Boatos. Mera especulação. Até porque não
fazia sentido algum a ex-prefeita retornar para um lugar de onde saiu e sabendo
que não teria apoio algum.
De mudança
A ex-prefeita mossoroense Cláudia
Regina (DEM) resolveu mudar e adotou Natal como endereço fixo. Com isso, cai
por terra a tese de que ela iria assumir o comando do DEM de Mossoró, que ficou
sem comando com a saída de Carlos Augusto da legenda.
Vice dissidente
O vice-prefeito de Upanema, Juninho de
Mainha (PDS), está trabalhando para disputar a Prefeitura daquela cidade nas
eleições do próximo ano. Enfrentará o prefeito Luiz Jairo (PR). Juninho tenta
acordo com o PMDB. A questão é que a legenda presidida por Henrique Eduardo
Alves no RN em Upanema está igual ao diretório de Mossoró: não tem um tamborete
onde se possa sentar. Como o ex-prefeito Jorge Luiz (PMDB) não pode e não quer
ser candidato, tudo leva a crer que este apoiará a postulação do atual
vice-prefeito. Tudo ainda em fase embrionária.
Sem UTI neonatal
Os oito leitos de UTI neonatal que
deveriam estar funcionando desde a segunda-feira na Maternidade Almeida Castro
não foram abertos. A diretoria da unidade hospitalar enfrentou dificuldades
para fechar os plantões: faltaram pediatras interessados.
Falta remédio
O Hospital Regional Tarcísio Maia está
com problema no estoque de medicamentos. Da lista de remédios, cerca de 50
estão em falta para procedimentos de urgência e emergência. Mesmo que o
paciente tenha dinheiro, não poderá comprar, pois são medicamentos hospitalares
e não são vendidos nas farmácias.
Chuva
A lagoa que se localiza por trás do
Hiperbompreço em Mossoró voltou a encher com as chuvas registradas por estas
bandas. Ontem, uma equipe da Defesa Civil Municipal esteve na área. Em anos
anteriores de chuva, a água empoçada invadiu o estabelecimento, provocando
transtornos e problemas.
É NOTÍCIA
1 – Moradores do conjunto Parque das
Orquídeas realizaram ontem manifestação contra a retirada de casas que estão
próximas à linha de alta tensão.
2 – Com as chuvas, terrenos baldios se
tornam ameaças constantes em consequência da proliferação do mosquito Aedes
aegypti, transmissor da dengue. E Mossoró está cheia desses terrenos.
3 – O governador Robinson Faria
apresentou as razões dos 24 vetos a projetos de lei apresentados pelos
deputados estaduais na legislatura passada.
4 – Dentre os projetos vetados está o
que obriga boates e casas noturnas do Rio Grande do Norte a investir em
equipamentos de segurança. Robinson Faria não quis mexer no vespeiro.
5 – O Sêbado, localizado próximo à
Praça do Rotary, realiza amanhã o seu I “Sêbado Folia”. A programação está
prevista para ser iniciada às 13h. Boa opção.
Frase-
“No todo, a relação da Assembleia com o Governo não se baliza pela
eleição para presidente desta Casa.”
KELPS LIMA – Deputado estadual, sobre a formação da oposição ao governo
Robinson Faria.
Fonte: Jornal de Fato