Após concluir as atividades nas cinco
regiões com maiores Índices de Infestação Predial (IIP), os carros fumacê
contemplarão mais nove bairros e uma comunidade rural. Os veículos iniciarão as
ações na próxima quinta-feira, 21, e trabalharão durante 15 dias (incluindo
feriados e finais de semana) em todas as ruas dos bairros de Abolições, Alto de
São Manoel, Barrocas, Bom Jardim, Costa e Silva, Ilha de Santa Luzia, Paredões,
Santo Antônio e Santa Delmira, além da comunidade rural da Barrinha.
A escolha
desses locais se deve a elevada quantidade de notificações que foram enviadas à
Vigilância à Saúde de pessoas que deram entrada nas unidades de saúde com
suspeitas e/ou confirmações de alguma doença relacionada ao Aedes aegypti nas
últimas semanas. Além disso, também foi levado em conta o IPP desses bairros
que estão acima do aceitável pelo Ministério da Saúde, que é de até 1%. Esse
índice mostra a quantidade de larvas do mosquito encontrada em determina
região.
Durante os
próximos 15 dias, os veículos percorrerão 1.322 quarteirões, podendo ter as
atividades suspensas em dias de chuvas. Os carros iniciarão as atividades
sempre das 4h às 7h e das 16h às 19h. A Secretaria de Saúde aconselha a
população a abrir as portas e as janelas durante a passagem dos carros. Deve-se
ter cuidado para o inseticida expelido não entrar em contato com alimentos e
evitar que animais sejam expostos excessivamente ao veneno.
A secretária
municipal de Saúde, Leodise Cruz, afirma que as atividades dos carros fumacê
integram o Plano Municipal de Combate ao Aedes, que prevê uma série de ações
contra o mosquito. “É importante destacarmos que essa é uma ação emergencial e
provisória. A forma mais eficaz de combater o vetor é não permitir que nasçam
as larvas. Por isso, a Secretaria insiste em pedir a população que mantenha o
combate ao mosquito dá melhor forma, não deixando água parada”, acrescenta.
De acordo com
a coordenadora da Unidade de Endemias, Karla Cartaxo, o carro fumacê é uma
parceria do Governo do Estado com a Prefeitura de Mossoró. Ela acrescenta que o
veículo só pode ser utilizado quando o Município já apresenta surtos ou
epidemias de doenças relacionadas ao Aedes. “O Ministério da Saúde preconiza
que o inseticida seja utilizado como um dos últimos recursos no combate ao
mosquito. O ideal é intensificarmos as medidas e não deixarmos que as larvas
nasçam, eliminando todos os recipientes que acumulem água. Por isso, estamos
pedindo a colaboração de todos para que, juntos, possamos vencer esta guerra
contra o vetor”, afirma.
Entenda
a seleção dos oito bairros:
A seleção dos
bairros se dá através de monitoramento constante da Secretaria Municipal de
Saúde de Mossoró e da Secretaria Estadual de Saúde Pública- SESAP. Os dois
órgãos, que se reúnem constantemente, levam em consideração as seguintes
estatísticas: a quantidade de notificações de casos suspeitos de alguma doença
relacionada ao Aedes (dengue, febre Chikungunya ou Zika vírus) e o Índice de
Infestação Predial.
No primeiro
ciclo, os carros fumacê percorreram, num período de 20 dias ininterruptos, os
bairros de Planalto 13 de Maio, Dom Jaime Câmara, Aeroporto, Sumaré e Belo
Horizonte, locais que apresentam IPP acima de 10%. Nessa segunda etapa, serão
percorridos bairros com IPP acima de 1% e elevado número de notificações.
A secretaria
ainda lembra que outros bairros poderão ser acrescentados posteriormente, a
depender do crescimento das notificações nas últimas semanas, de acordo com o
monitoramento feito pelas secretarias. O Município apresenta um IPP de 5.7%,
considerado elevado. O bairro que lidera o IPP, neste segundo ciclo, é a Ilha
de Santa Luzia, com 14,2%; logo após vem os Paredões, com 13%, Alto de São
Manoel, 7,9%; Barrocas, 5.4%, Santa Delmira, 3.8%, Santo Antônio, 3.4%; Costa e
Silva, 1.8%; Abolições, 1.6%.
Todo o
Município possui um IPP de 5.7%. Nos próximos dias, as equipes intensificarão a
vigilância às notificações das doenças relacionadas ao Aedes aegypti, com
objetivo de acompanhar os números e ampliar as ações. “Para isso, enviamos um
ofício às unidades de saúde, públicas e privadas, solicitando que os
profissionais não esqueçam de notificar casos suspeitos ou confirmados e
enviá-los à Vigilância, setor responsável pela implantação das políticas de
combate ao mosquito e pelo monitoramento das doenças”, conclui Geizarelle
Soares.