Definitivamente: os brasileiros estão lascados. Uma presidente foi afastada sob acusação de abonar a corrupção e assume um interino que estaria, indireta ou diretamente, envolvido em igual problema. Os que defendiam, e defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) estão sentindo os efeitos da situação. A primeira delas, a mudança na sistemática relacionada à aposentadoria. Quem, diante dos agouros que afligem o País, sobreviverá até aos 75 anos e, depois disso, vai levar uma vidinha regrada à sombra e água fresca?
Difícil imaginar que o titular deste espaço chegue lá. Até porque a crise econômica não afeta apenas investidores, bolsas de valores, bancos... Atinge diretamente o cidadão que morre de trabalhar dia após dia para, ao chegar ao fim do mês, ter que esperar mais uns dias para receber seu salário. Sim, pois as empresas passam por dificuldades. Quem é que vai suportar tanto aperreio? A alternativa que parece mais viável, para uns e outros, é o ato extremo, cujo nome o blog se nega a nomear. Prefere chamá-lo de "Valdemort", ou simplesmente "aquele que não se pode nomear. Tal é o grau de complexidade que envolve suas letras.
O Brasil passou a ser um país de ficção. Emprega-se palavras de apelo moral enquanto que a teoria dos que as diz é outra. E assim, de letra em letra, palavras vão se formando e criam o corpo de uma só expressão: indignação.
De que vale o cara sair de casa para votar e, ao final, ter seus direitos subtraídos em nome de algo que não se detalha? Quem é que vai pagar o rombo dos cofres públicos? Sim, o titular do blog está no meio dos que vão pagar a fatura. E nem adianta choramingar, pois até completar os 75 anos da aposentadoria não sobrará dinheiro para garantir um lugarzinho no Amantino Câmara. O Governo terá surrupiado até a última moeda.
E os problemas só se avolumam: escassez de dinheiro, bolso liso, barriga vazia e um monte de contas a pagar. E ainda tem que se aturar o nhém, nhém, nhém político de alguns desavisados que só miram a própria barriga. Olhem, pois até isso vão perder. Vai chegar o tempo em que não se terá nada. Nem vergonha. E isso é algo que está presente, e bem, no Congresso Nacional.
E o pior é que a culpa é de todos nós, cidadãos, que ainda não aprendemos a votar. A famosa lábia ideológica ou o discurso fácil de alguns ainda são capazes de manter viva a famosa pele de cordeiro. E os lobos atacam depois do voto na una. Para a gente, o que resta é a carniça. E tem que dividi-la com os urubus, que sempre rondam o defunto. No caso, o povo brasileiro.