Salvo raríssimas exceções, a Costa Branca Potiguar amarga ostracismo nunca visto. E a culpa não é da pandemia do Coronavírus. É falta de gestão mesmo. Para não correr o risco de cometer deslize e receber a alcunha de que não saber o que está falando, o blog prefere ficar próximo. Especificamente entre Grossos e Areia Branca, duas cidades que apresentam potencial grande, mas que não foi devidamente explorado por seus administradores.
Vamos começar por Grossos: em quase oito anos a gestão do prefeito José Maurício Filho nada fez para projetar a ideia de que poderia aproveitar a potencialidade turística da cidade e, assim, gerar emprego e renda. Perdeu tempo e até dinheiro público, pois houve participação do município em feiras turísticas. Mas como vender, comercialmente falando, as potencialidades se não houve, e não há, investimento?
O prefeito de Grossos fez, ao longo desse tempo, o mesmo que um comerciante faz com o seu negócio: afundou. Por falta de visão, investimento e, acima de tudo, comprometimento com aquilo que disse em público, nas duas vezes em que disputou a Prefeitura Municipal. Em suma, a palavra dele ficou igual risco n'água: não vale nada.
E o que se vê é uma cidade praticamente ao léu: sem investimento, sem direcionamento, sem crescer e sem proporcionar lo tão propagado desenvolvimento. Para completar, parece que passava mais tempo em Mossoró do que na cidade onde se elegeu prefeito. E o resultado é o que todo mundo vê: saúde caótica, educação em frangalho, limpeza pública a desejar, infraestrutura capenga e equipamentos públicos à deriva.
Na vizinha cidade de Areia Branca acontece a mesmíssima coisa. Se pegar o que ocorre em Grossos e mudar só de nome se chegará ao mesmo resultado. A prefeita Iraneide Rebouças estava na peleja para chegar à Prefeitura Municipal havia quase 20 anos. Quando conseguiu, fez igual criança quando come bolo pela primeira vez: se lambuzou.
A tática adotada por ela parece ter sido totalmente equivocada e o que se percebe é o que está na boca do povo: Areia Branca está sem comando, sem prumo e sem direção. O avanço do coronavírus na cidade, tal qual ocorre em Grossos, apenas reflete a falta de uma administração compromissada com o cidadão.
Se pensarmos em Areia Branca fora da pandemia e direcionarmos o olhar para o turismo, cabe uma pergunta: onde houve investimento? O acesso ao litoral continua do mesmo jeito. Parece até que a prefeita não mora na cidade onde foi eleita. E muitos até perguntam: onde mora mesmo a prefeita?
Para complicar, ela dispensou, politicamente, boa parte das pessoas que a ajudaram na campanha de 2016. Rompeu até com o vice-prefeito. Iraneide está, como se diz, sozinha, e pretende continuar viva, politicamente, com o respaldo de antigos adversários.
Enquanto isso, os problemas se avolumam...