O feeling político de muitos analistas nunca aflorou tanto quanto agora. E, pelos comentários que se vê nas redes sociais, o Brasil deixou de ser um País de iguais. Deu lugar ao que se chama de pessoas "jumentalizadas" e as que se acham "coerentes". Os que se dizem coerentes, não o são. Até porque coerência não tem nada a ver com visão partidária. Vai além disso. Transcende a toda e qualquer discussão que se queira fazer em prol de Dilma Rousseff (PT) ou de Aécio Neves (PSDB). É como se somente um tivesse competência para resolver velhos problemas que assumem roupagens novas. Tal qual a política brasileira.
Vê-se o ódio sendo propagado de maneira feroz. De lado a lado. Percebe-se claramente que, embora estejamos no século 21, a forma de fazer política não avançou e todos seguem a velha receita: meter o porrete nas costelas do adversário apenas para propagar ou tentar afirmar que este não teria condições morais para assumir este ou aquele governo. Nada mais decadente do que acompanhar tal cenário.
É triste perceber que pessoas que possuem algum nível de esclarecimento e de informação incorrerem em velhas práticas políticas. São profissionais que educam e que agora mais deseducam que ensinam alguma coisa. Tentam passar algum tipo de conhecimento que, verdadeiramente, não acrescenta: o ódio, a perseguição, a baixaria e a perpetuação do que se costuma chamar de "velha política".
Ataques diretos e pessoais são feitos diretamente. Esquece-se de fazer o óbvio e algo que vem da Grécia Antiga: discutir os problemas da cidade. Afinal, não é este o sentido da política? Problemas coletivos dão lugar a falhas comportamentais, de conduta. Diante da falta de discurso prático e atual, que pontue possível ou provável recuperação ou melhoria desta ou daquela situação, o que se sobressai são ataques morais. Estamos, por acaso, tentando eleger algum governante que tenha, verdadeiramente, noções sobre a realidade ou tentar aprender como não se deve fazer política?
Os anos se passam e nada muda em tal cenário. Se formos pesquisar eleições anteriores, tudo segue o que já se viu: candidatos e a militância destes se enfrentam ferozmente, em debates recheados de falácias, principalmente a Ad Hominem: os problemas que afetam a sociedade brasileira embasam todo o conteúdo de debates e inserções partidárias no programa eleitoral gratuito, nos quais ataca-se a pessoa e deixa-se de lado os reais objetivos das questões.
E é assim, entre senso comum e momentos de puro ideologismo partidário, que segue a política brasileira. Nada de produtivo tem sido visto. Apenas palavras soltas. Apenas manifestações de quem não quer perder o poder e, também, de quem quer chegar lá. Nada de novo.